
Essa é uma pergunta que nos acompanha desde o 1° Semestre. Achava ruim e infantil (quase a mesma coisa que as redações de “como foram as minhas férias” na escola) ter que escrever o porquê de uma escolha tão pessoal. Ou até mesmo ter que responder envergonhadamente, em alta voz, para a classe toda te ouvir dizer: “não sei exatamente o porquê”. Era frustrante, mas ao mesmo tempo motivador. “Por que mesmo que eu estou aqui?” “Por que comunicação se eu sou a pessoa mais tímida do mundo?” “Por que Jornalismo se eu não gosto de escrever e não tenho o costume de ler?”
Enquanto esses questionamentos pairavam em minha cabeça, nascia em mim uma paixão e ressurgia em mim, uma característica que sempre me acompanhou: a vontade de superar os meus limites. Foi aí que descobri que estava no caminho certo.
Como todo bom romance tem seus conflitos, não poderia ser diferente comigo. Críticas de professores, comparações, e até frases como “não consigo te ver como jornalista” entraram no meio do caminho. Mas a característica forte em mim , citada mais acima, me trouxe até aqui, até a resposta desta pergunta. Compreendi a importância da bendita (repetida por várias vezes), e as consequências que geraram em todos nós, os que permanecemos firmes e fortes, mesmo que o nosso diploma tenha sido derrubado. Todos nós, que em algum momento, criamos repúdio por ela, hoje sabemos exatamente a razão.
Quer saber o porque que eu escolhi ser jornalista? Eis aqui sua resposta:
“O Jornalismo é mais do que uma profissão, é mais do que fazer parte de um telejornal e virar celebridade local, é mais do que viajar de graça e conhecer famosos. Mais do que viajar com a seleção brasileira durante a Copa do Mundo, mesmo que você nunca tenho se interessado por futebol. Jornalismo é uma atividade social. É prestação de serviços. Te permite entrar na realidade de outras pessoas e poder contar a história de vida delas, entender o outro lado. É poder um dia estar falando de política e outro dia de cultura. É poder vivenciar fatos históricos e relatar sobre eles. É poder se engajar em um propósito seu. É poder ser voz de uma geração. Jornalismo não é uma profissão, é um estilo de vida.Um estilo na qual eu me adequo e me faz bem, muito bem, fazer parte.Entre "ele" e eu há amor. Amor de verdade.”
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